Setor de serviços atinge novo recorde histórico em julho
O setor de serviços no Brasil, que engloba atividades como transporte, turismo e alimentação, registrou um crescimento de 1,2% em julho de 2024 em relação a junho, alcançando o maior patamar de sua série histórica. Esse resultado reflete a segunda alta consecutiva, somando um crescimento acumulado de 2,9% nos últimos dois meses e posicionando o setor 15,4% acima do nível pré-pandemia, que era registrado em fevereiro de 2020.
Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o avanço foi ainda mais expressivo, com alta de 4,3%. No acumulado do ano, o setor cresceu 1,8%, e nos últimos 12 meses, registrou expansão de 0,9%. Os dados foram divulgados pela Pesquisa Mensal de Serviços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dia 11.
Três dos cinco grandes setores de serviços apresentaram desempenho positivo em julho. O maior destaque foi o grupo de serviços profissionais, administrativos e complementares, com alta de 4,2%. Nesse segmento, atividades como agenciamento de publicidade e intermediação de negócios foram as mais beneficiadas. De acordo com Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa no IBGE, muitas empresas estão utilizando plataformas digitais para anúncios, o que impulsionou a receita do setor.
Setor de serviços
Apesar do crescimento em vários setores, o segmento de transportes, que responde por 36,40% da pesquisa, registrou queda de 1,5% em julho. O resultado foi impactado pela retração no transporte dutoviário, associada à menor produção da indústria extrativa, e pelo desempenho fraco do transporte rodoviário de cargas, influenciado pela redução da safra agrícola.
O setor de serviços prestados às famílias também apresentou leve queda, com variação negativa de 0,2%.
A expansão do setor de serviços em julho foi observada em 14 das 27 unidades da federação, mostrando um crescimento difundido pelo país. No acumulado do ano, 21 estados registram alta na receita real de serviços.
No entanto, o segmento de turismo teve desempenho negativo, com uma queda de 0,9% na passagem de junho para julho. O aumento das passagens aéreas (19,39%) e do aluguel de veículos (6,93%) contribuiu para essa retração. Apesar disso, o setor de turismo se mantém 6,8% acima do nível pré-pandemia e apenas 1% abaixo do seu ponto mais alto, registrado em fevereiro de 2014.
Essa pesquisa do IBGE também expandiu o número de locais analisados no turismo, incluindo cinco novos estados na amostra, como Amazonas, Pará e Rio Grande do Norte.
(Com Agência Brasil).
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