Fortuna das famílias ultrarricas vai crescer para US$ 9,5 trilhões até 2030
A riqueza das famílias ultrarricas deve crescer para US$ 9,5 trilhões até 2030, segundo estimativas da consultoria Deloitte. O movimento ocorre na medida em que os family offices, casas especializadas na gestão de grandes fortunas, se expandem e se transformam em rivais dos fundos de hedge.
Esse valor representaria um salto de 73% em relação aos atuais US$ 5,5 trilhões controlados pelos ultrarricos que já são representadas por family offices, de acordo com o relatório. O número de firmas de investimento para multimilionários deve aumentar em um terço no mesmo período, chegando a 10.720.
Com a desigualdade de riqueza concentrando mais dinheiro nas mãos dos muito ricos, e com a facilidade crescente de abrir um family office, o setor está alcançando os fundos de hedge em tamanho e, em alguns casos, recrutando profissionais de investimentos do mesmo nível.
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Grandes escritórios estão assumindo novos papéis no mercado, incluindo o de investidores ativistas, derrubando gestores corporativos e pressionando por mudanças.
As regulamentações mais flexíveis sobre as gestoras de patrimônio e o potencial para que seus comportamentos de investimento tenham impactos desproporcionais ficaram evidentes na implosão do family office de Bill Hwang, o Archegos Capital Management, em 2021. Em julho, um júri considerou Hwang culpado das acusações criminais decorrentes do colapso.
Os family offices pesquisados no relatório da Deloitte tinham, em média, apenas 15 funcionários, administrando US$ 2 bilhões em ativos. Apenas um terço era gerido por alguém de fora da família.
“Pode ser definitivamente arriscado administrar tanta riqueza”, disse Rebecca Gooch, chefe global de insights da Deloitte Private, que atende empresas de capital fechado. “Os family offices realmente precisam ter cuidado com quem trazem para a equipe.”
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