12 de dezembro de 2024

‘Ainda não somos uma região de inovação tecnológica, mas estamos quase lá’, diz Eric Acher, da monashees

 ‘Ainda não somos uma região de inovação tecnológica, mas estamos quase lá’, diz Eric Acher, da monashees

‘Ainda não somos uma região de inovação tecnológica, mas estamos quase lá’, diz Eric Acher, da monashees

Painel sobre inovação na América Latina durante o Cubo Conecta 2024 abordou temas como IA, volume de aportes e como atrair capital O ecossistema de inovação da América Latina evoluiu muito nos últimos anos, mas a região ainda está em fase de consolidação. Se antes as startups que surgiam eram cópias de negócios de sucesso do Vale do Silício, hoje já é possível encontrar modelos disruptivos. Porém, Eric Acher, fundador da monashees, ressalta que é preciso ser realista: “Ainda não somos uma região de inovação tecnológica, somos uma região com risco de execução, mas estamos chegando lá”.
O assunto foi tema do painel “Investimentos e inovação tecnológica na América Latina” no Cubo Conecta 2024, que também contou com a participação de Joaquim Lima, sócio da Riverwood Capital, e Ira Simkhovitch, diretor do Industry Ventures, com mediação de Julia de Luca, do Itaú BBA.
Assunto frequente dos eventos do ecossistema, a inteligência artificial não ficou de fora do debate. Os investidores pontuaram que existe escassez de capital para investir na criação de uma infraestrutura para dar suporte à tecnologia na região – para o surgimento de modelos de linguagem, por exemplo –, e que no curto e médio prazo a IA será usada em aplicações.
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“A boa notícia para o Brasil e para a América Latina é que a camada de aplicação de IA tem tudo a ver com os problemas que a região enfrenta: produtividade, educação, judiciário lento. Acredito que veremos negócios incríveis nos próximos 5 a 10 anos”, opina Acher.
A mudança no mindset dos fundadores após a retração do capital de risco disponível – o chamado inverno das startups – também foi tema do painel. Lima destacou que, com a queda dos valuations, mais rodadas estão sendo anunciadas. “Temos visto a resiliência dos fundadores de sobreviver financeiramente, de ajustar a direção dos negócios”, afirma.
Para Acher, o mercado está saindo do momento mais pesado de correção de valuations como reflexo de investidores de oportunidade que surgiram com a valorização da indústria de tecnologia. Na sua visão, a mudança de postura dos fundadores é bem-vinda – foco na sustentabilidade financeira das startups –, mas o risco deve existir. “Não podemos ir para o outro extremo, deixar de experimentar, criar e inovar nos primeiros estágios da startup. É importante não ficar tão focado em métricas específicas”, pontua.
Os investidores também deram dicas para quem busca se aproximar de investidores e conquistar um aporte. Ter uma visão clara do que quer construir e foco na execução é a sugestão de Lima. Ser flexível é importante, aceitar fazendo mudanças quando necessário.
Acher finalizou dizendo que o compromisso do investimento vai além do cheque: é um relacionamento de longo prazo. “O maior erro é a escolha do investidor. Encontre o que for mais compatível, que estará disponível quando você precisar, porque é uma parceria longa.”
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Redação

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